quarta-feira, 25 de julho de 2012

Prisioneiro da Noite



A noite chega como um vento de inverno: gelado, forte, passageiro...
E seus encantos são fúnebres como a madrugada solitária.
Seus abraços são dolorosos, uma nostalgia de épocas jamais vividas me encontram neste momento.
Sou prisioneiro da noite, sou o gemido daqueles que sufocam em desespero.
Quando a madrugada me domina, sou possuído por um espírito bestial...
Sou fera, sou um ser rastejando na selva da escuridão.
Sinto o vapor quente das bestas que rondam na atmosfera cinzenta da noite...
Sinto o meu corpo ser tocado por sensações de profanação erótica,
Sinto algo quebrando dentro de mim, cada encontro com a noite me destrói o coração...
O medo toma conta do meu ser... Eu preciso voltar, cheguei longe demais!
Sem sair do meu quarto, todas as noites, sou engolida por trevas profundas.


Por Gabriela P.


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